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The bear dance (A dança do urso) (1845). Criador: George Catlin (1796-1872). Fonte: NYPL Digital Gallery
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O universo da dança é fascinante. Quando paramos para observar que ela está em todos os lugares e em todos os tempos, percebemos a força e a importância social que ela tem. Manifestação expressiva das possibilidades plásticas e rítmicas do movimento do corpo, a dança parece ter nascido com o homem, ou mesmo antes dele, evolutivamente falando; parece ter nascido com a vida, com o movimento.
Em relação às diversas culturas da humanidade, qualquer busca simples na Web, com expressões como 'dança egípcia', 'dança medieval', 'dança aborígene', traz resultados instigantes, levando-nos a um mosaico que parece ser infinito. As tradições culturais mantêm vivas danças antigas, passadas de pais para filhos, remontando a um início muitas vezes onírico, atrelado a visões e sonhos noturnos. Houve danças para chamar espíritos, danças para seduzir e matar, danças para proteger, danças para treinar a guerra, danças para transformar, danças para expurgar os demônios, danças para amar, danças para morrer, para celebrar a chegada da primavera, para reverenciar a noite, para formalizar acordos de paz.
A dança está presente em diversas mitologias, como um dom especial concedido pelos deuses. Nos salões aristocráticos europeus, a dança era uma etiqueta firmemente adestrada, que proporcionava interação social. Na América do norte, nas décadas iniciais do século XX, a dança foxtrot era um dos escassos momentos de mistura entre brancos e negros. Nas civilizações indígenas, a dança nas florestas, feita em volta da fogueira, reunia os homens em rituais de magia. Na cultura indiana a dança conta histórias por meio de métricas e mudras, guardando conhecimentos milenares.
Uma das coisas mais bonitas que podemos fazer por uma criança é estimular sua dança, para que ela desenvolva essa possibilidade de descontração e plenitude.
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